sábado, 10 de outubro de 2009

ESPIGA PINTO

(. . .) Como se fosse o próprio artista que navegasse entre compassos, astrolábios e instrumentos de navegação ou observação astronómica, rodeado permanentemente de cálculos, linhas, círculos e diagonais, nas rotas possíveis por entre o desenho e a pintura. Uma descoberta do universo cósmico, plena de simbolismo, no traçar de mapas que representam a um tempo a memória de um passado longínquo e de um presente muito próximo. Um espaço de intercepções, de astros, uma teia geométrica que constitui a "arquitectura do universo". Conceito cósmico da vida, um acto de consciência, transplantado para a arte.
Uma pintura cromática de tons quentes, desenvolvendo textura e ritmo muito próprios, a partir de uma base sólida de desenho geométrico. Processo meticuloso de produção de cada obra, a partir de estudos de cor, de tamanho real, em moldes, no caso da escultura, sob o raciocínio de um olhar meditativo e profundo.
O cavalo e a mulher foram sempre temas recorrentes ao longo do seu trajecto artístico. (. . .)

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