domingo, 26 de junho de 2011

ESPIGA Pinto

"Pés na terra, cabeça no cosmos, ilustra o que sou, o que vivo e o que penso", refere Espiga Pinto, evocando a atitude por si assumida já na década de 70, quando começou a introduzir a simbologia cósmica no seu trabalho. Desde então, tal temática acompanha-o constantemente manifestando-se através do desenho e da geometria. No seu atelier, esboços e estudos em várias escalas demonstram o rigor e a precisão que dedica com mestria à sua Arte.

A pintura em suporte de vários formatos, circular, em tríptico ou murais, evoca sob vários aspectos a memória de um passado, numa "viagem pela nossa portugalidade".

Uma referência permanente nas suas obras à poesia de Camões e aos relatos da nossa história, num fascínio pela leitura dos Lusíadas, que lhe vem da adolescência. A passagem do Cabo das Tormentas, ou o trecho do Canto X, em que as velas já viradas para ocidente, em regresso desejado, são alguns dos motivos inspiradores de uma viagem permanente pela epopeia marítima. Como se fosse o próprio artista que navegasse entre compassos, astrolábios e instrumentos de navegação ou observação astronómica, rodeado permanentemente de cálculos, linhas, círculos e diagonais, nas rotas possíveis por entre o desenho e a pintura. (. . .)

terça-feira, 21 de junho de 2011

quarta-feira, 15 de junho de 2011

ESPIGA Pinto

Ainda era menino quando chegou à pintura. Homem determinado e invulgar, pinta como quem beija. Entrega-se total e perdidamente.

Do Alentejo, onde nasceu, revelador de uma intuição e sensibilidade apuradíssimas, vem afirmando a solidez e singularidade de um percurso que começa e termina na busca e apreensão dos possíveis sentidos da existência. (. . .)

A espantosa força lírica e formal da sua pintura exponenceia um potencial absoluto de ritmo, cor, rigor, encantamento; de atractivo e fascínio. (. . .)

A chave de toda esta maravilha move-se na rigorosa e complexa teia geométrica do Pintor.

quinta-feira, 2 de junho de 2011