ESPIGA
Ainda era menino quando chegou à pintura. Homem determinado e invulgar,
pinta como quem beija. Entrega-se total e perdidamente.
Do Alentejo, onde nasceu, revelador de uma intuição e sensibilidade apuradíssimas,
vem afirmando a solidez e singularidade de um percurso que começa e termina na
busca e apreensão dos possíveis sentidos da existência.
(. . .)
Estamos perante mais uma obra-prima de um dos mais geniais (não tenhamos medo
das palavras) mestres da pintura portuguesa contemporânea. A espantosa força lírica
e formal da sua pintura exponencia um potencial absoluto de ritmo, cor, rigor, encanta-
mento; de atractivo e fascínio. ( . . .)
Texto de MANUELA MORAIS
Livro TRÊS RIOS ABRAÇAM O CORAÇÃO